Impasses sobre o amor
- Katya Borges
- 20 de mai.
- 2 min de leitura

Olá minhas queridas mulheres maduras! Desculpa o sumiço. Não sei o que acontece comigo, vez ou outra me deixo ser abduzida pelas situações da vida. Emaranho-me de tal forma que demoro a encontrar o fiozinho inicial, mas juro que foi por uma boa causa. Tenho aqui dentro muitas coisas sacolejando o coração e estou tentando organizar para partilhar aos pouquinhos os pensamentos com vocês.
Vou começar então de trás para frente.
Acabo de chegar do Maduressência, um retiro vivencial fascinante para mulheres 45+. Foi um fim de semana intenso em Alcobaça, Portugal. Participei e facilitei um workshop sobre as construções amorosas. Um partilhar da minha experiência e da escuta como terapeuta de casal.
Ahhh, pois é, o amor.... dizem ser o elixir da plenitude, uma força poderosa que transforma, cura, nutre, conforta.... seu mágico efeito só acontece quando vivemos todo o seu esplendor., quando a gente aprende a se valorizar, a amar a si mesma, sermos nós mesmas, integrando as nossas dualidades, sendo empáticas também com as dualidades de nossos pares nos diferentes ciclos de vida. Só assim somos capazes de amar de verdade.
Todo conteúdo simbólico do conto de Manawee (de Clarissa Pinkolas Èstes), fez se palco para a importância de nomearmos sentimentos, emoções. Ter clareza de si mesma e dos desejos mais profundos para assim ser possível olhar e reconhecer a natureza divina e numinosa do outro, e principalmente, da relação em si ao longo do tempo. Pois um casamento longevo tende a se acomodar em determinados padrões funcionais e comunicacionais. A menopausa e a maturidade chegam com a possibilidade de transformar as dúvidas, as dores e os reveses. Pedem ajustes necessários na comunicação do casal que vive a segunda metade da vida. Valida a necessidade de desconstruir velhos padrões e construir novas habilidades de escuta e expressão.
Os retiros, como o nome já diz, retirar-se, são excelentes oportunidades de pausas para respirar, para silenciar e poder ouvir o que os sons de dentro pedem. Nos permitem momentos preciosos de convivência, de apoio mútuo às novas descobertas. Percebi que todas fomos convocadas pelo próprio chamado à reconexão com nossa essência, a dialogarmos com nossas fragilidades e também a reapropriarmos de nossas forças, reconhecendo o que e quem precisa ser cuidado com afeto.
Gratidão Márcia Kosanovic pela confiança amorosa.
Foto tirada pelo querido Luis Ferreira.





Querida Katya, você trouxe um tema de tanta relevância para todas nós! Como se faz necessária essa reflexão nesta fase da vida. Quantas vezes nos questionamos sobre o nosso relacionamento nesta nova fase em que tudo parece sair fora do lugar? Que alento saber que não estamos sós e que sim, podemos olhar os nossos parceiros com mais empatia, aerar nossas relações e buscarmos uma comunicação mais empática e conciliatória onde prevalece o amor e a vontade de seguirmos juntos, lado a lado, nesse caminhar pela maturidade. Gratidão pela sua entrega! 🙏🏽